A tecnologia para uso de concreto na vinificação vem trazendo grandes vantagens para quem o escolhe
O concreto está presente na vinificação desde a época romana quando já se usava um material parecido para fabricar recipientes que eram utilizados na fermentação do vinho, mas o uso industrial do concreto como conhecemos hoje só ocorreu mesmo durante o século XIX.
A facilidade de criar e moldar o recipiente de concreto fez com que ele assumisse um protagonismo na vinicultura. A porosidade do material, contudo, revelou-se um problema que acabou sendo solucionado com a aplicação de resina epóxi. Isso ainda facilitou a higienização e manutenção.
Uma sutil micro oxigenação também pode ser observada nos vinhos fermentados em concreto o que garante uma evolução delicada da bebida.
Hoje, os tanques têm sido produzidos em diversos formatos, incluindo ovais, para manter a suspensão das partículas graças ao fluxo interno do líquido e, assim, dar ao vinho nuances de textura singulares.
Por que se usa?
O concreto é mais barato e adaptável para preencher qualquer espaço disponível da vinícola. Diferentemente da madeira, é um recipiente bastante neutro, aportando poucas características ao vinho (há quem suporte o caráter mineral como um ponto).
Pode ocorrer uma micro oxigenação, mas muito delicada e geralmente após vários dias. Suas paredes grossas conferem uma grande inércia térmica, então a temperatura tende a ficar bastante estável, ajudando a evitar picos durante a fermentação.
Desvantagens
Os tanques de concreto mais antigos sofriam com a higiene e eram muito difíceis de limpar. Atualmente, ainda há certa dificuldade, contudo, a aplicação de resinas na parte interna facilitou muito o trabalho.
Se houver alteração importante de temperatura, o concreto pode rachar, portanto é preciso cuidado. O controle da temperatura da fermentação também pode ser um problema, porém novas tecnologias propiciaram uma melhora nesse quesito.
Fonte: Revista Adega